Autor:Pedro Demo
Sumário:Este texto apresenta a tendência vigorosa de compreender a aprendizagem como fenômeno reconstrutivo,ressaltando a pesquisa como seu ambiente próprio.Passa rapidamente por algumas teorias interdiciplinares (psicologia,biologia,física,lingüinstica e suas interconexões).Para ilustrar esta tendência,organiza cenários do Mundo de Sofia,tomando em conta que este livro desenha,com rara precisão,a pesquisa como ambiente de aprendizagem e o papel maiêutico do professor.
Impera entre nós confusão clássica com respeito à aprendizagem,geralmente tomada como LDB,realizando autêntica"salada terminológica e denotando que ainda prevalece a expectativa de uma escola e de uma universidade preocupada essencialmente com aulas.O mandato dos 200 dias letivos talvez seja a expressão mais explícita,porque induz a pensar que o aluno aprende escutando aulas e que a função central do professor é dar aulas.1 Embora não seja o caso de rejeitar a aula por completo,pois ela tem seu lugar supletivo,dificilmente se pode hoje mantê-la como paradigma central da aprendizagem.Um dos argumentos mais importantes poderia ser buscado no reconhecimento crescente de que aula combina com ensino,não com educação.O ambiente adequado de educação exige o dialógo de sujeitos,de cariz participativo e autoformativo,tornando-se contraproducente a relação externa,quando predominante.Certamente,em todo processo educativo existe treinamento também,porque a relação social é eivada da relação de poder e socialização propensa a valorizar comportamentos adaptativos.Mas,se quisermos criatividade,consciência crítica,cidadania de sujeitos capazes de história própria individual e coletiva,é cuidar que o processo se marque principalmente pelo desafio educativo ou formativo.
Neste texto pretendemos arrolar alguns argumentos favoráveis ao desafio reconstrutivo da aprendizagem,com o objetivo de contribuir para inovações fundamentais na escola e na universidade.
Entre elas conta-se a necessidade de perceber a pesquisa como ambiente da aprendizagem reconstrutiva,donde segue que esta noção de pesquisa precisa fazer parte de todo processo educativo,em qualquer nível e em qualquer fase.Sua falta faz com que educação decaia para mero ensino.A noção usual de pesquisa como sendo o processo metodológico geralmente muito sofisticado de produção de conhecimento continua valendo,mas é apenas uma das faces.Seria,assim,o caso distinguir entre um " pesquisador profissional",que vive de produzir conhecimento,e o "profissional pesquisador",que usa a pesquisa como propedêutica de seu saber pensar.
Sumário:Este texto apresenta a tendência vigorosa de compreender a aprendizagem como fenômeno reconstrutivo,ressaltando a pesquisa como seu ambiente próprio.Passa rapidamente por algumas teorias interdiciplinares (psicologia,biologia,física,lingüinstica e suas interconexões).Para ilustrar esta tendência,organiza cenários do Mundo de Sofia,tomando em conta que este livro desenha,com rara precisão,a pesquisa como ambiente de aprendizagem e o papel maiêutico do professor.
Impera entre nós confusão clássica com respeito à aprendizagem,geralmente tomada como LDB,realizando autêntica"salada terminológica e denotando que ainda prevalece a expectativa de uma escola e de uma universidade preocupada essencialmente com aulas.O mandato dos 200 dias letivos talvez seja a expressão mais explícita,porque induz a pensar que o aluno aprende escutando aulas e que a função central do professor é dar aulas.1 Embora não seja o caso de rejeitar a aula por completo,pois ela tem seu lugar supletivo,dificilmente se pode hoje mantê-la como paradigma central da aprendizagem.Um dos argumentos mais importantes poderia ser buscado no reconhecimento crescente de que aula combina com ensino,não com educação.O ambiente adequado de educação exige o dialógo de sujeitos,de cariz participativo e autoformativo,tornando-se contraproducente a relação externa,quando predominante.Certamente,em todo processo educativo existe treinamento também,porque a relação social é eivada da relação de poder e socialização propensa a valorizar comportamentos adaptativos.Mas,se quisermos criatividade,consciência crítica,cidadania de sujeitos capazes de história própria individual e coletiva,é cuidar que o processo se marque principalmente pelo desafio educativo ou formativo.
Neste texto pretendemos arrolar alguns argumentos favoráveis ao desafio reconstrutivo da aprendizagem,com o objetivo de contribuir para inovações fundamentais na escola e na universidade.
Entre elas conta-se a necessidade de perceber a pesquisa como ambiente da aprendizagem reconstrutiva,donde segue que esta noção de pesquisa precisa fazer parte de todo processo educativo,em qualquer nível e em qualquer fase.Sua falta faz com que educação decaia para mero ensino.A noção usual de pesquisa como sendo o processo metodológico geralmente muito sofisticado de produção de conhecimento continua valendo,mas é apenas uma das faces.Seria,assim,o caso distinguir entre um " pesquisador profissional",que vive de produzir conhecimento,e o "profissional pesquisador",que usa a pesquisa como propedêutica de seu saber pensar.
Fundamentos da Aprendizagem Reconstruntiva
É mais conhecida a terminologia da "construção do conhecimento",por conta da obra de Piaget que leva o nome de "construtivismo".Não a adotamos aqui apenas para não insinuar que a aprendizagem reconstrutiva só poderia ser feita através das idéias de Piaget,e também para não reconstruímos conhecimento,porque partimos do que já conhecemos,aprendemos do que já está originalidade acentuada,dificilmente aplicável ao dia-a-dia.
Entendemos por aprendizagem reconstrutiva aquela marcada pela relação de sujeito